Despedida do corpo do Santo Padre se inicia nesta quarta-feira na Basílica de São Pedro seguindo até sexta
Milhares de fiéis se reúnem nesta quarta-feira (23) na Praça Santa Marta, no Vaticano, para prestar condolências e receber o caixão com o corpo do Papa Francisco. A cerimônia de velório aberto começou às 11h da manhã no horário de Roma, seguindo até a próxima sexta-feira (25).
De acordo com a Santa Sé, o caixão foi colocado em frente ao Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, onde o coro cantou a Ladainha dos Santos em latim. O cardeal camerlengo Kevin Farrel conduziu uma breve liturgia que incluiu uma leitura do Evangelho de João sobre o amor de Jesus por seus discípulos.
O funeral do Papa Francisco foi agendado segundo a primeira Congregação dos Cardeais, para o próximo sábado (26) na própria Basílica de São Pedro onde acontecerá a Santa Missa de Exéquias presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais. De lá, o caixão será levado para a Basílica de Santa Maria Maior, onde vai ser sepultado, conforme pedido do pontífice.
A cerimônia de sábado, conhecida como Missa de Exéquias, marca o primeiro dia do Novendiali ou nove dias de luto e orações em honra ao papa.
Ao final, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias.
O que são as “Congregações Gerais”
As regras para as Congregações Gerais estão previstas na constituição Universi Dominici Gregis, promulgada por São João Paulo II em 1996. O texto não estipula uma data exata para que elas comecem, mas afirma que, uma vez iniciadas, devem ocorrer diariamente.
Nestas reuniões, os cardeais decidem aspectos práticos do funeral do papa falecido e do conclave. Na primeira Congregação Geral ocorrida ontem, terça-feira (24), foi definida a data do funeral e sepultamento do Papa Francisco.
No entanto, as discussões nestes encontros não se limitam apenas a detalhes práticos da sucessão. Os cardeais podem falar livremente (em algumas das congregações gerais de 2013, chegou a haver mais de 100 intervenções por parte de quase 20 cardeais) e, à medida que as questões operacionais são resolvidas, o debate se encaminha para temas que os cardeais consideram importantes para a Igreja Católica.
Redação: João Victor
Fonte: Agência Brasil
Imagem: VaticaNews